Geografia é Amor!

O que é geografar senão falar de nós mesmos? Nós somos a Terra, o Céu, os Mares, as Casas. Somos nossa criação e o que fazemos dela. Nós somos o Espaço. Nós fazemos o Espaço. Então, deu certo... fomos nós. Se deu errado... também somos nós. O que é Geografar senão falar de nós mesmos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Peixe, Pedra, Perereca, Lula e Capitalismo...

o que eu faço com isso?



O Alysson me mandou uma reportagem interessante publicada na Veja sobre a política do Governo atual quanto ao meio-ambiente em desacordo com o progresso da nação (faz tempo que progresso é sinônimo de "obras").

A reportagem ta aí: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-pedra-o-bagre-e-a-perereca-animam-o-show-da-ignorancia/

Claro que para entender o que vou Geografar aqui, será necessário que o colega leitor leia a reportagem aí em cima... então volta lá e deixa de preguiça.

Transcrevo aqui o que respondi ao meu colega (peço a sua permissão para isso).

Acho que o tema é importante, mas do jeito que o autor escreveu parece que a intenção dele era mais acabar com o Lula. Aliás, parece que qualquer coisa que acontece no Brasil hoje é culpa só do Presidente, ou seja, para alguns [ - quem? meu vizinho? - sim, pode ser... se ele gostar de política] política governamental só se faz no exercício do presidente, reflexo do histórico de centralização política no Brasil. Vindo de uma revista conservadora e de direita como a Veja. Só podia...


Acho que podia abrir a discussão para outras políticas públicas, além da comandada pelo nosso presidente, que desconhecem o meio-ambiente como sistema integrado e só agem para expandiu o espetáculo simbólico da CONSTRUÇÃO e PRODUÇÃO de novos espaços artificiais. Espaços que, no fim e em si, só servem para dinamizar a produção capitalista e ampliar os lucros daqueles que o promovem.


Junto às obras do governo federal - Hidrelétrica do Rio Madeira como exemplo - podemos adicionar a Hidrelétrica de Irapé e de Aimorés e a Linha Verde do Aécio Neves. Não preciso nem dizer que o primeiro projeto de transposição do São Francisco foi desenvolvido no Governo FHC. Acho que nem se os seres humanos estivessem em extinção deixaríamos de fazer uma obra, de inaugurar o símbolo da modernidade e do progresso, ou seja, de REPRODUZIR o CAPITALISMO. Capitalismo: capital: dinheiro investido e retornado em LUCRO. Ta lá no dicionário Aurélio. Ou você tem ou não tem, mas no fim todos são. Não é fato só do Lula, por isso fico receoso com estas reportagens.

- Você é da SITUAÇÃO, dirá alguém.... Situacionistas eram os críticos da era moderna na Alemanha. Hoje em dia ninguém é situação, oposição, esquerda, direita, leste, centro-norte, o escambau. Se for pra escolher, to com o Raul: pronto, sou ISTA... sou EGO.

Então, o que resta aos bichos? Não haverá mais Perereca nem Bagre (ou Dourada)... Pode ser e pode não ser. O importante é continuar lutando, geografando, biologizando e nos aterrorizando quanto a estas barbaridades. Acho até que foi por falta de opinião pública e oposição crítica que os Dinossauros deixaram de existir. Um grande abraço para o DINO que eu adorava ter lá em casa quando criança. Então tenho uma idéia: animais do Mundo uni - vos, tomem a mídia, fundem frentes de oposição, ONGs e Sindicatos. Repitamos a história e refundamos o Animalismo.








Mas se até no ANIMALISMO houve subversão da visão ecologista para a progressista-oligárquica, não querem que neste mundo de lobos isso ocorra? A culpa é de quem? A culpa é de quem se não querem cantar comigo...


E já cantamos esta música antes:

"desde os primórdios até hoje em dia
o homem ainda faz o que o macaco fazia (...)
homem primata, capitalismo selvagem, ohhhh..."

Abraço!